Histórias da minha filha índia. parte 2

Até hoje choro de felicidade, quando leio na sua certidão de nascimento: filha de Elizabeth Beirão, nascida na beira do Rio Solimões- Tefé -AM, é isso mesmo! Ela tinha 09 anos quando nos encontramos. Hoje moramos em Brasília e tenho um neto lindoooooo! Pasmem! Ela morava em um barco com vários  bichos, acreditem?! uma oncinha, um macaco barrigudo fêmea, que ela colocava um colar, uma arara vermelha que se chamava Laura .Depois eu conto o resto, inté.

Todos querem saber como foi o nosso encontro. 

    Em outubro de 1992,  fui transferida à serviço do Rio de Janeiro para Tefé-Amazonas.
 E logo me apaixonei por aquele lugar, não tinha ônibus, andávamos muito e o meio de transporte era de canoa, barcos e tudo que flutuava na água
   Em um grande dia divino, estava eu fazendo uma inspeção naval pela capitania dos portos e ao abordar a pequena embarcação, conheci sem saber os pais biológico da minha filha índia, o nome do barco era: Adão e Eva, e ao conversar com os proprietários da embarcação, "papo vai e papo vem", disseram -me que acabara de sair do porto para um determinado lugar e levariam vinte e seis dias ( ida e volta) e perguntei sobre  seus  filhos.
- Alguns estavam com eles no barco, uma estava casada, e a outra estava em terra firme para ir para a escola.
   Como ficar longe da filha? Quase "morri", afinal de contas sou mãe e fiquei naquela noite sem dormir pensando na menina que estava em terra firme, Em terra firme, será? Aonde estava aquela menina, ah se eu pudesse !
Em qual escola ? Aonde vai  depois da escola?  Como  é seu nome? Estará com fome? Ande vai dormir? Ai meu Deus, e se alguém, fizer alguma coisa com ela. Quase fiquei louca! Ainda bem que estava de plantão.
   Fui almoçar em casa e lá estava meu filho mais velho o Júnior e a minha caçula Fernanda. inté...