Após intervalo de cinco anos, uma delegação da Universidade da Amizade dos Povos retornou ao Brasil para discutir uma possível parceria no projeto “Ciência Sem Fronteiras”, desenvolvido pelo governo brasileiro.
A iniciativa ganhou impulso após a assinatura de um acordo voltado à educação entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro russo, Dmítri Medvedev, durante sua visita ao Brasil em fevereiro deste ano.
“Chegou a hora em que os acordos econômicos devem dar resultados”, disse à Gazeta Russa o vice-reitor da universidade russa, Evguêni Schesniak. “O principal objetivo da nossa visita é estabelecer contatos e renovar o contrato de cooperação com a Universidade de São Paulo, que após cinco anos está chegando ao fim.”
Schesniak estava acompanhado do diretor do departamento da América Latina e América do Norte da RUDN, Vladímir Timochek.

RUDN em números

- Cerca de 20 mil estudantes
- 6 mil são estrangeiros vindos de 146 países
- 34 brasileiros
- Durante os 53 anos de existência, formou 300 brasileiros
- 53 desses brasileiros defenderam tese de doutorado
De acordo com ele, as negociações com as universidades federais do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte e de Brasília evidenciaram o grande interesse que a parte brasileira tem por cursos superiores na Rússia, sobre em áreas onde os russos são reconhecidamente fortes, como ciências exatas, engenharia e agronomia.
Entretanto, segundo Schesniak, a falta de contato e a ausência de informações sobre o conteúdo dos programas dificultam o fortalecimento das relações acadêmicas.
“Temos um sistema especial de atendimento ao aluno estrangeiro”, afirmou o vice-reitor, ao acrescentar que a universidade está preparada para receber entre 30 e 40 estudantes brasileiros por ano.
“Gostamos muito dos estudantes brasileiros, pois são alegres e bondosos. Gostam de se divertir, mas nunca se esquecem de seus compromissos acadêmicos”, continuou Schesniak.